domingo, 18 de novembro de 2012

Quase lá

Oh oh oh, que alegria, terminei o projeto. Eu sei que para esse trabalho muita coisa poderia ser feita, mas eu entendo que é um começo; e eu quero muito continuar nesses estudos, então, mais textos virão com o tempo.

Agradeço a todos que ajudaram, desde com chocolates e palavras de força até comentários e conversas pesadas sobre o assunto....

E do que adianta escrever algo sobre Economia Criativa e deixar guardado na gaveta???

Segue a seguir o link para vocês terem acesso ao projeto final

Muito obrigada ^^


Essa Coisa Criativa

terça-feira, 30 de outubro de 2012

"O brasileiro não leva o design a sério" - Paolo Pininfarina

Saiu no site do Estado de São Paulo uma reportagem na sessão de Economia & Negócios com um título bem forte  'O brasileiro não leva o design a sério' (esse é o link pra reportagem)
Como sempre, qualquer coisa que aparece em uma rede social, tem uma repercussão meio grande, nesse caso pra pessoas da área.

Isso tem tudo a ver com o que eu tenho feito como projeto de conclusão de curso. Eu sei que dar a opinião sobre esse assunto é meio complicado, mas depois de tudo que eu estudei e o tanto que eu estressei, perdi noites de sono e  ganhei dores de estômago por causa do assunto, não consegui deixar de lado esse tema, e resolvi desabafar. Vou me repetir um pouco, mas eu adoro discutir sobre isso.


As coisas começaram com duas frases de uma grande amiga minha:

"Quem nunca teve problemas...eh só um site, eh só um desenho, faz um loguinho simples que já ta bão... "

respondi:
"nossa, eu escrevi isso agora pouco. vou compartilhar na minha time line XDDD
cara, a culpa é do designer. ele não se valoriza, ele não luta por um espaço, a história do design no brasil só mostra como o design aqui é atrasado, mas só a gente pode mudar essa realidade"

e então:
"mas babi, eu tb acho que é uma questão cultural..no Brasil eh lindo levar vantagem sobre as pessoas, e desvalorizar trabalho alheio. Acho que, como tudo no Brasil, a questão eh que a bosta ta tão grande que fica difícil culpar alguém"


Depois disso a conversa ficou um pouco mais séria. Expliquei meu ponto de vista e vou compartilhar ele com vocês.

Confirmei que existe sim um problema cultural no Brasil com relação ao papel do design. Mas o problema é mais feio e profundo do que só o jeitinho brasileiro que ela comentou. Acredito que o design no nosso país não é enxergado como algo que realmente importa para o produto final. Vivemos num Brasil onde todo o processo de produção é muito caro e o design tá lá no final do processo, utilizado na maioria das vezes se sobra capital pro investimento. Não se enxerga o design como algo que, além de agregar valor ao produto final, pode ajudar em muito em todo o processo de criação, desenvolvimento e LUCRO da empresa. Erra-se muito, achando que o design não deve ser inserido durante TODO o processo de criação, já que o designer tem uma visão de tudo que acontece, e conseguiria assim, além de criar um produto com as características realmente necessárias, quem sabe até, baixando o custo de criação do mesmo e trabalhando com as melhores formas de gestão e sustentabilidade.
Só que isso vem da história do design no Brasil, tudo começou com pessoas aprendendo a copiar produtos criados especialmente na Europa. Tentou-se criar uma identidade nacional do Design, vemos isso pela Lina Bo Bardi, que viajou pelo país recolhendo especialmente artesanato. Mas no meio desse processo algumas coisas foram perdidas. A criação das universidades de Design no Brasil tem modelos externos, fazendo assim com que se perca todas as características da realidade do nosso país sobre ele. Atualmente reencontramos a importância da realidade nacional dentro do design, não só para valorização do produto, mas também a valorização da população.
Isso influencia em muito como as empresas enxergam até hoje o design no Brasil. Essa visão errada e até mesmo mostrada por órgãos governamentais, como o site do Observatório Design Brasil (http://observatorio.designbrasil.org.br/), onde pra mostrar sobre design se mostra apenas para empresas que necessitam de algum designer pra alguma coisa, se compararmos o site inglês com o mesmo intuito, o Design Council (http://www.designcouncil.org.uk/) vemos que para a Inglaterra, é importante mostrar o design para toda a população e sua importância, não só para produtos, mas para o desenvolvimento do país.
Falta isso no Brasil, mostrar que o design tem grande importância para o desenvolvimento nacional. Como eu disse a alguns posts atrás, a FECOMERCIO está tentando, entre tantas reuniões, transformar a industria nacional em uma industria criativa.
Outra coisa que falta no Brasil é a pesquisa em Design, essa pesquisa nova, do novo valor agregado a essa profissão tão recente no nosso país. Só que, eu tentei hem, não se encontra muitas pesquisas saindo de Universidades sobre o papel do design na sociedade. Os estudantes precisam começar a pensar no mercado de trabalho, nos benefícios sociais que o design pode trazer e todo o desenvolvimento dele.
Ah, e a movimentação da classe né....algo que...a muitos anos se vêm discutindo, mas ninguém sabe o que é design....:

“É fundamental frisar que a falta de mobilização da categoria por uma mudança significativa comporta uma falta de visão clara, por seus membros, não só de sua posição específica no conjunto da categoria, mas principalmente de sua posição relativa no conjunto da sociedade”. - Lucy Niemeyer

Bom, é isso. Agora eu só pergunto
"E agora, José?"







quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Com fontes materiais iguais, com necessidades econômicas equivalentes, a vitória cabe aos grupos cujos membros trabalham por prazer, aprendem rápido, mantêm seus compromissos, respeitam-se e reconhecem-se uns aos outros como pessoas, passam e fazem passar em vez de controlar territórios - Pierre Lévy

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Redes e a Empresa Criativa

Antes de mais nada, assistam esse vídeo, pra se ter uma pequena noção de como se trabalha em grupo...como se vive em rede.


O maior problema das novas organizações empresariais dentro da economia criativa é que elas não estão realmente mudadas. Não existe alteração real nos padrões de relacionamento das pessoas que habitam ou orbitam o ecossistema da empresa. O social não é o conjunto de indivíduos, e sim o que existe entre as pessoas.
As redes não conseguem existir por elas mesmas....

Os erros: (retirado da página 29 do texto Economia Criativa - um olhar para projetos brasileiros)
"Redes implantadas top down por instâncias hierárquicas têm tudo para dar errado. É. Semente de rede é rede. Organizações
hierárquicas (quer dizer, mais centralizadas
do que distribuídas) não podem gerar redes.
• Redes de instâncias hierárquicas em vez de pessoas têm tudo para dar errado. Redes sociais distribuídas são sempre de pessoas. Se você quiser conectar em rede organizações hierárquicas, você terá uma rede descentralizada (multicentralizada), não distribuída. Cada pirâmide que você conectar atuará na rede como um obstáculo ao fluxo ou como um filtro, só deixando passar o que está conforme aos seus próprios circuitos de aprisionamento, de looping, sem os quais ela não se teria constituído como organização hierárquica.
• Redes de adesão compulsória têm tudo para dar errado. Sim, as redes distribuídas são ambientes de liberdade, de não obediência, de voluntariado. Se você manda alguém se conectar a uma rede e essa pessoa obedece, pode esquecer: ela só vai interagir quando você mandar de novo. E se você mandar de novo, você centralizará a rede, como é óbvio. Ela passará a ser uma hierarquia (uma rede centralizada).
• Redes monitoradas pela direção da empresa a partir de padrões de comando-e-controle têm tudo para dar errado. É a mesma coisa do parágrafo anterior. Se você vai experimentar redes na sua empresa, deixe de lado essa obsessão de mandar nos outros, vigiá-los, puni-los ou recompensá-los.
• Redes avaliadas com métricas fixas, estabelecidas ex ante, têm tudo para dar errado. De novo, é a mesma coisa dos dois tópicos anteriores. As redes são estruturas móveis que se auto-organizam, definem seus próprios caminhos (e redes são múltiplos caminhos: taí uma boa e econômica definição de rede distribuída) e traçam e modificam seus próprios objetivos. Elas podem, é claro, ter um objetivo inicial se forem voluntariamente articuladas. Por exemplo: estimular a inovação dentro da organização. Mas é preciso ver que, para tanto, no caso, elas mesmas têm de ser inovadoras. E, se forem inovadoras, elas introduzirão continuamente mudanças nos planos iniciais. Portanto, suas réguas não se aplicarão.
• Redes com um escopo prefixado têm tudo para dar errado. Mais uma vez: é a mesma coisa dos três tópicos anteriores. Podemos saber como começa uma rede, mas não como ela vai se desenvolver. É um troço vivo, entende?
• Redes corporativas fechadas aos stakeholders têm tudo para dar errado. Não existe rede distribuída murada, fechada, trancada com porta e fechadura. Se você quiser trancar, desatalhará clusters. Se sua empresa quer estimular a articulação de redes, ela deve estar preparada para entender como funcionam as membranas (já notou que tudo que é vivo, sustentável, nunca está separado do meio por paredes opacas, e, sim, por membranas?). Isso exige um entendimento de que a empresa não é a unidade administrativo-produtiva isolada, e, sim, uma comunidade de negócios configurada na rede de seus stakeholders. A empresa só adquirirá sustentabilidade se funcionar mais ou menos como um organismo vivo, que não existe fora de seu ecossistema (já notou que tudo que é sustentável tem o padrão de rede?). Então? É preciso pensar no ecossistema da empresa.
• Redes que confundem as ferramentas com as pessoas, tomando as mídias sociais (plataformas, sites, portais e outros mecanismos de comunicação) pelas redes sociais, têm tudo para dar errado. Isso mesmo. Como disse anteriormente, redes sociais são pessoas interagindo, não ferramentas. Ferramentas de comunicação são mídias, não redes sociais. Mesmo quando lançamos mão de plataformas interativas para fazer  netweaving, temos que estar cientes de uma coisa tão óbvia que deveria ser até desnecessário repetir: o site da rede não é a rede!"

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Políticas Públicas?

No sábado, dia 27 de agosto, rolou o primeiro fórum de Economia Criativa. Foi pensado pelo REC (rede de economia criativa), eu fiquei impressionada, por saber que agora tem uma rede dessa aqui....fui lerda, eu sei, descobri isso no dia....mas olha, tão de pé desde janeiro desse ano só....então tenho as minhas desculpas.

Teve uma mesa redonda, com três figurinhas importantes dentro desse meio...Heloize Campos, W. Roberto Malta e o Adolfo Menezes Melito....poxa, foi uma coisa bem proveitosa. Passaram a entrevista com a Ana Carla, que eu coloquei algumas coisas nos posts de baixo, como abertura. Teve também a participação de uma mulher que tem um papel importante sobre Economia Criativa lá em Madrid....só que eu, pra variar, esqueci o nome dela (e de anotar).

Tiveram algumas coisas que me marcaram nesse Fórum....

1- Dois dias antes desse fórum acontecer aconteceu pela FECOMERCIO uma reunião com pessoas muito importantes (que estão na minha bibliografia do tcc) sobre, COMO TRANSFORMAR A INDUSTRIA BRASILEIRA EM INDUSTRIA CRIATIVA. Como já escrito anteriormente, o valor gerado pela Economia Criativa é MUITO alto. Finalmente querem mudar um pouco o sistema antiquado, todo mundo só tem a ganhar com essa nova visão de mercado, com esses novos objetivos. Fiquei realmente feliz. Nessa reunião com pessoas como, R. Florida e J. Howkins (cara, como eu queria tá ali dentro....) "Percebeu-se" que a economia criativa precisa de 4 fatores para ser desenvolvida aqui no Brasil:

- colaboração (real, grupos realmente se unindo, existem pessoas que fazem de tudo em todo lugar, mas cada grupo no seu canto, com pouco contato, é necessário juntar todo mundo numa rede só, aprendendo e evoluindo JUNTOS)

- multidisciplinaridade (dar valor para aqueles que sabem de tudo um pouco, que não se focam em algo só, e valorizar ligações pessoais para agregar conhecimento)

- crítica (saber receber e dar críticas construtivas, brasileiro tem problemas em dar feedback....)

- pensamento global (uma frase basta "pensar localmente, agir globalmente")

2- Existe o efeito dominó dentro da Economia Criativa, isso é, alguém cria alguma coisa, outro alguém cria algo pra interagir com essa coisa, ou então, pensa em algo de como usar isso. Exemplo: Alguém cria um tecido diferente, que faz alguma coisa que nenhum outro tecido já faz, ele fez o que sabia fazer, então, alguém vai pegar esse tecido e vai criar uma roupa com ele, ou uma coleção inteira...inovação gera inovação.... Só que vivemos num país extremamente criativo, mas que não gera inovações; para a criatividade gerar inovações é necessária educação...e isso o Brasil tem uma falha gigantesca. Consideram nossa educação como uma educação anti-criativa (pra variar um pouco, criatividade também gera raciocínio crítico. ligaram os pontos, certo?!). Tanto que, numa dessas reuniões, com todas as propostas bem interessantes e mostrando como o Brasil só tem a ganhar com a Industria Criativa, o Ministério da Educação não acatou nada, não aceitou as propostas, foi totalmente relutante.....Eu queria entender o por quê disso....Bom, mas o Ministério da Cultura colocou uma parte dentro dele um pedacinho do Ministério da Educação...com isso tentando uma melhor comunicação entre eles....(agora é torcer pra dar certo)

3- Assim como a Educação no Brasil é meio falha, o nosso país tem problemas com empreendedorismo, o qual não é valorizado, o Brasil é um país assistencialista, onde tudo é pensado para ajudar as pessoas de forma rápida, "tampando o sol com a peneira" (pra ser o mais direta possível), essa quantidade de bolsas isso bolsas aquilo não faz a pessoa querer empreender, só faz querer ficar parado. Que a assistência é importante, é, uma pessoa de estômago vazio e sem lugar pra morar não vai mesmo ter vontade de fazer nada, mas esse não devia ser o foco no Brasil. Por causa desse sistema, o país tem uma carência absurda de modelos, é necessária uma conscientização governamental e empresarial....mostrar que TODO mundo tem alguma coisa interessante para gerar, que não existem empresas inúteis. Só assim haverá um desenvolvimento cultural, social e econômico.

O Brasil está passando por uma crise econômica e cultural muito forte, mas não é só a gente, o mundo todo tá assim, okay okay, a Inglaterra, a China e a Austrália não tanto....mas a maior parte dele está totalmente perdida com essa nova geração, com essas novas formas de pensar, essas redes e essas ligações que todos têm, ou podem ter.....Só que o resto do mundo enxerga possibilidades no Brasil, eles querem investir, querem vir pra cá, vêem um potencial no nosso país que brasileiros não estão enxergando (e tá faltando possibilidades pra gente pelo escrito a cima entre outros....).

Logo que houve a abertura desse fórum, a Heloize Campos disse que não temos como achar respostas nenhuma sobre esse momento que o Brasil vive, que devemos pegar pesado é nas perguntas, pois são elas que geram tanta coisa nova.....Foi aí que eu levei mais um tapa na cara.....queria achar de mais as respostas, mas agora só estou atrás das perguntas...A minha maior pergunta agora é, como eu posso ajudar nessa nova fase?

Gente, desculpem o post com cara de desabafo. Mas foi um misto de tudo que eu vi, li, reli e ouvi desde o começo da minha busca pelo TCC juntando com todas as características tortas do Brasil.....


link da rede da economia criativa que foi responsável pelo Fórum (okay, eles precisam de um layout novo)
REC - Brasil




terça-feira, 21 de agosto de 2012

“a terceira maior indústria do mundo, atrás de petróleo e de armamentos, tem como principal insumo a criatividade”


O setor criativo (“Creative Industries”) foi definido formalmente pela primeira vez em um estudo do Ministério de Cultura, Mídia e Esportes do Reino Unido, em 1998, da seguinte forma:
“Os setores que têm sua origem na criatividade, na perícia e no talento individuais e que possuem um potencial para criação de riqueza e empregos através da geração e da exploração de propriedade intelectual”.
Atualmente, essa definição engloba treze setores: publicidade, arquitetura, mercado de artes e antiguidades, artesanato, design, moda, filmagem, softwares interativos de lazer, música, artes performáticas, editoração, serviços de computação e rádio e televisão. Essencialmente, estão englobadas atividades de serviços e comércio, incluindo ainda áreas correlatas no setor industrial, por seu impacto sobre toda a estrutura produtiva da economia.
Com uma movimentação financeira mundial de mais de US$ 3 trilhões, esse setor é primordial para o desenvolvimento socioeconômico, tendo um crescimento de 6,3% ao ano e já sendo responsável por 10% da economia mundial.
De acordo com o Relatório de Economia Criativa 2010, produzido pela UNCTAD - Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento, apesar de uma queda de 12% no comércio global em 2008, os serviços e bens da economia criativa cresceram até 14%. Segundo ainda o relatório, a China é o país com mais produção na economia criativa seguida pelos Estados Unidos e pela Alemanha. O Brasil ainda não se encontra entre os 20 maiores produtores do setor, em nível internacional.
No entanto, com base em dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é possível concluir que o setor representa 4% do Produto Interno Bruto brasileiro, que foi da ordem de R$ 2,4 trilhão em 2007.

Em 2008, a FIRJAN lançou o estudo “A Cadeia da Indústria Criativa no Brasil”, foi a primeira vez que mapearam o setor no Brasil. Adotando-se a abordagem da UNCTAD (Inglaterra), que sugere a economia criativa como “os ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam criatividade e capital intelectual como insumos primários”. Só assim perceberam o alto valor agregado da Indústria Criativa, fazendo assim com que houvesse um maior interesse do poder público sobre isso. Tanto que em 2011 foi criada a Secretaria da Economia Criativa no Ministério da Cultura.
Tirei um trecho do Plano da Secretaria da Economia Criativa que eu acho muito interessante:
“O Plano da Secretaria da Economia Criativa (2011-2014) representa o desejo e o compromisso do Ministério da Cultura, no Governo Dilma Rousseff, de resgatar o que a economia tradicional e os arautos do desenvolvimento moderno descartaram: a criatividade do povo brasileiro. As tecnologias sociais produzidas pela imensa criatividade brasileira tornaram-se realidades irrefutáveis. No entanto, essas tecnologias ainda carecem de apoio do Estado brasileiro para vicejarem. Em inúmeros países de diversos continentes (como a Austrália, a Turquia, a China) a criatividade vem sendo apoiada por políticas públicas e sendo tratada como o insumo por excelência da inovação. Essa nova economia vem crescendo, graças à sociedade do conhecimento e às novas tecnologias. É a dimensão simbólica da produção humana (presente das artes do circo ao conteúdo dos games) que passa a ser elemento fundamental na definição do preço desses novos bens e serviços, construindo novas solidariedades, novas éticas e estéticas, reunindo, enfim, comunidades e indivíduos, desta feita, a partir de redes e coletivos.”
Em 2010, as atividades do núcleo do setor criativo empregavam 771 mil trabalhadores formais em todo o país, ou 1,7% do total. Dentre os treze estados investigados, São Paulo destacou-se pelo maior número de empregados no núcleo da indústria criativa brasileira (315 mil) e pela maior proporção de empregados no núcleo da indústria criativa em relação ao total de trabalhadores no estado (2,4%).
A participação do núcleo da indústria criativa no PIB brasileiro em 2010 foi de cerca de 2,5%, o que equivale a R$92,9 bilhões. Nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro este percentual supera 3,5%.

Segundo a especialista em economia criativa e desenvolvimento sustentável Lala Deheinzelin, a diferença da economia criativa em relação às outras é que ela promove o desenvolvimento sustentável e humano. Quando trabalhamos com criatividade e cultura, atuamos simultaneamente em quatro dimensões: econômica, social, simbólica e ambiental.
Acho que é por isso que eu acredito profundamente na Economia Criativa. Acredito num país mais justo, um dos tópicos do Plano da Secretaria da Economia Criativa, um país sem tantas desigualdades.


Uma entrevista com Cláudia Leitão, Secretária da Economia Criativa no Ministério da Cultura:







Segue ai duas das referências mais atuais:

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Essa "nova" economia gera "dois tipos de alianças industriais: aproximações horizontais, para determinadas atividades e integração vertical, que envolve a intervenção de empresas em diferentes níveis do processo." (momento 'anotando pra não esquecer')

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Uma visão mais do que geral...

Economia Criativa é todo negócio ou gestão que se originam em atividades, produtos ou serviços a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual visando geração de renda.
Ela é tão importante porque gera desenvolvimento sustentável e humano.....atuando nas dimensões econômica, social e ambiental.

Sendo uma coisa que engloba tantas outras, quando se escreve sobre isso, parece que sempre falta alguma parte, ou se exclui alguma outra de propósito.






Demorou, mas percebeu-se a importância da criatividade no desenvolvimento econômico de um país. Só no Brasil, em 2007, gerou-se o valor de 2,4 trilhão de reais dentro dos setores da economia criativa. E olha que o Brasil não está entre os 20 maiores produtores desse setor... 

Mas tá ai uma visão mais geral....
Tô com medo de preparar um texto falando do problema de inserir o design dentro da economia criativa, convenhamos, design consegue ser tanta coisa que nem dá pra descrever.....como já ouvimos tantas vezes "o que é design?" ou "tudo é design" ... por isso existem grandes problemas de regulamentar a profissão


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Eu achei esse vídeo muito por acaso dentro do Coletivo Transdesign, o qual é um grupo no Facebook onde a gente compartilha coisas interessantes de qualquer assunto, já que, tudo é design.....

Acho relevante, simplesmente pelo fato de você precisar se conectar com você mesmo, com seu coração, com o seu interior, sair da cultura do medo e fazer tudo de uma forma mais emocional (boa). E ele até fala que ao se conectar com você mesmo, com a sua intuição você se torna mais criativo.
O mundo está acordando....

Entrevista gostosa com Robert Happé



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

a pior parte de um tcc é não conseguir saber por onde começar. a uns dias atrás me falaram que eu quero colocar coisa de mais no meu texto, que por causa disso eu ando me perdendo de mais....acho que já escrevi e reescrevi as coisas uma dúzia de vezes....tô até pensando em começar pela escolha da diagramação e tipografia, por ser uma parte mais divertida....
o complicado da economia criativa é a quantidade de texto que muitas vezes não se complementam e até, as vezes, se contradizem.
por um exemplo, pra UNESCO, no último texto sobre economia criativa, design de produto não constava na lista de coisas, estava na parte de engenharias....tá difícil hem!
um infográfico bem fofinho e bem feito contendo coisas dos vídeos postados na última vez.

tirado desse site aqui:
http://publistagram.com/infografico-das-geracoes/?utm_source=Facebook%2B&utm_medium=Organic&utm_campaign=Mural%2B

terça-feira, 31 de julho de 2012

Seu salário paga sua liberdade de criação?

A criatividade é uma característica determinante da vida econômica...é o que impulsiona as grandes transformações em curso. Por isso, ela tem sido tão valorizada....
Claro que a gente enxerga isso bem melhor atualmente, e que além de tudo agora há o encorajamento da criatividade nos mais variados setores econômicos.
Tá fácil entender que a criatividade é essencial pra maneira como vivemos e trabalhamos hoje em dia. E que impulsiona grandes avanços no padrão de vida.
A criatividade envolve diferentes hábitos e formas de pensar que precisam ser cultivados tanto pelo indivíduo quanto na sociedade que o cerca.....vai desde cultura do ambiente de trabalho até os valores e comunidades, nos fazendo repensar nossa função econômica e social e reformular nossa própria identidade....
Com tudo isso houve uma geração de novos modelos sociais e econômicos que aliviaram a tensão dentro da empresa trabalhada....mas não eliminada por completo....A gente ainda tem muito o que evoluir dentro da classe criativa, e que o sistema econômico criativo está bem longe da maturidade....e poxa, nem vai melhorar totalmente o mundo...Mas acredito que esse novo sistema que ainda está surgindo, baseado na criatividade pode ajudar com muitos problemas atuais....vide como as pessoas estão mudando seus hábitos pra deixar o mundo mais confortável, justo e interessante....

Vou por dois vídeos que mostram bastante sobre isso....sobre essa nova geração baseada na criatividade e no novo modelo de vida.

https://vimeo.com/16641689
https://vimeo.com/44130258

segunda-feira, 30 de julho de 2012

um pouco mais sobre mim...

Ah, resolvi hoje explicar a minha relação com o design. na verdade não é uma relação...tá mais pra uma pedra no sapato. Só que pra falar sobre isso vou ter que contar um pedaço da minha vida, que de qualquer forma é chata, desinteressante e estúpida.
Eu desde pequenininha achava que o mundo tava errado...não, não passei necessidade nenhuma durante a vida toda, numa fui privada de coisas que eram importantes pra sobrevivência; minha família sempre passou por altos e baixos com relação a grana, mas eu desde sempre fui criada sem ter tudo que eu queria, pelo fato de aprender o que é importante e o que não é, que existem gastos desnecessários e não se deve ter coisas por status. Uma coisa que minha mãe sempre me disse era a importância dos estudos e de cultura, isso ela não negava nunca, não importava quanto custasse....acho que foi ai que tudo começou.
Por sempre achar o mundo errado, desigual, eu nunca entendia porque umas pessoas tinham tanto e outras nada, porque pessoas com uma coloração diferente na pele sofriam tanto, ou porque era errado gostar de alguém do mesmo sexo que você, entre tantas outras coisas, non sei....sempre achei tudo tão natural, normal e ... humano. Foi nessas brigas, discussões e tristezas noturnas que eu achava que tinha o dever de mudar o mundo...é ai que a gente começa a pesquisar algumas coisas, ouvir mais os outros e tentar aprender o que acontece com o ser humano....Na adolescência me deparei com os punks e toda a sua filosofia...bom, tinha achado um caminho pra seguir...fui levando, criei zines, e-zines, participava de protestos, grupos de discussões, usam a palavra "proatividade" parar isso, anyway, eu era proativa....mas como em qualquer grupo, tinha coisa errada, sempre tem...e também acabei ficando muito triste, porque ninguém prestava atenção nas coisa que a gente fazia. Como diz um amigo meu da faculdade, as pessoas tão preocupadas de mais em conseguir o prato de comida, se conseguem, não querem pensar em outra coisa. Então larguei mão, larguei mão porque nada adiantava, via que eu não ia mudar o mundo e porque vi muito amigo meu se metendo em enrascadas em nome de um "movimento" morto nos anos 80.
Resolvi depois de uns anos fazer Design de Interiores no SENAC, pq....sei lá, achava que ia ser legal. e foi dentro desse curso que eu encontrei o Design....de produto.....bom, pq não? tá na chuva. Entrei na UNESP, entrei com a cabeça de "vou fazer esse curso, aproveitar que to morando longe dos meus pais e aprender a viver de outra forma, vou pegar a porra do meu diploma, encher o cu de grana e sumir".... movimento estudantil ou qq coisa desse tipo...qualquer, proatividade, qq ajuda para com o outro, perdi uma fé imensa na humanidade e as pessoas me davam muita raiva. Mas dentro da faculdade não conseguia ficar muito quieta, acho que isso sempre foi da minha personalidade.....pra variar, me meti em coisas....desde brigar com professor da sala de aula até fazer parte da galera organizadora de um Megafoniquinhas (meu, nem vem perguntar o que que é...fica pra depois), fico triste pq eu fiz os três últimos, agora que eu sai da faculdade (fisicamente), não tá rolando q até mesmo o Megafonicas tá largado...bom, sempre achei necessário plantar uma sementinha no cérebro das pessoas pra fazer elas enxergarem o mundo de uma forma mais simpática, e....cuidar dele.

Foi AI que eu entendi meu papel como designer....depois de tanto role, perdido e não saber que "tipo de design" fazer....me descobri como designer. Eu...EU, acredito que como o designer trabalha com projeto, isso é, receber uma problemática e com isso, fazer um projeto para solucioná-la....vejo o mundo meio torto e errado, essa é a minha problemática....agora, tá na hora de montar um projeto pra arrumar ele. EU SEI EU SEI que isso é muito viajado, e uma pessoa sozinha não salva o mundo....e bla bla bla bla. Mas AGORA eu tenho esperanças de novo, e quero muito um mundo melhor. E eu sei que seria possível fazer isso. Nessa, de achar que o sistema capitalista uma coisa complicada, feia e fedida, que eu conheci a Economia Solidária e a Economia Criativa....estudo sobre isso faz uns dois anos, veio daí a ideia pro meu TCC. Mostrar pro mercado de trabalho que ele deve ser mais humanos, ele sendo humano, as pessoas que vivem dele serão mais felizes, se preocuparão mais com todo o resto e não só com o acúmulo de grana, vão cuidar mais deles mesmos e de tudo que está a sua volta.
Outra coisa, não é jogando pedra no muro do castelo que vc vai derrubar ele...se eu quero mudar alguma coisa, atualmente, o esquema é se infiltrar nisso, toda a filosofia hacker de se viver. Quero sim entrar no mercado de trabalho...quero sim trabalhar com design em alguma agência...e lá dentro ir mudando as coisas....e depois mudar de lugar, e ir fazendo isso...e sempre, nunca deixando de lado, de conversar sobre isso...quanto mais gente for influenciada melhor vai ser pro propósito final.
Por isso, espero do fundo do meu coração, ter um projeto de conclusão de curso digno o bastante de se tornar um livro, não, não precisa ser uma referência nacional em Economia Criativa, mas, ser conhecido por meia dúzia de pessoas....e ajudar elas a serem mais felizes...e fazerem elas quererem fazer outros mais felizes....e deixar o mundo mais bonito! (não só esteticamente) parece um projeto louco de alguém sonhadora de mais. é verdade. a mais pura verdade, mas se a gente não vive de sonhos, não nos resta mais nada.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

vamos lá, vai começar a bagunça.
sempre que eu achar um link interessante sobre economia criativa eu vou postar.
muitas vezes é sobre o assunto, outras tantas é apenas uma forma de eu não esquecer nome de pessoas que estudam o assunto. que é o caso de hoje.
http://www.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=405394

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Vamos lá.....Criei esse blog por alguns motivos:- conseguir colocar tudo num lugar só os devaneios sobre as coisas escritas pro meu trabalho de conclusão de curso;- conseguir colocar num lugar só, textos de estudiosas no assunto, links interessantes e vídeos (ou qualquer coisa que aparecer pela frente);- mostrar pro meu orientador que eu não estou só enrolando;- tentar por em ordem as conversas de buteco entre eu e meus amigos sobre o assunto.


Vou com o tempo explicando melhor o que é Economia Criativa, como o designer deve influenciar melhoras no nosso país partindo de estudos sobre ela, mas não quero, não vou e nem posso colocar nada como verdade absoluta, o que me interessa mesmo é abrir um espaço para as discussões e análises sobre o assunto....


E já vou avisando que eu escrevo mal pra caramba.....