segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Políticas Públicas?

No sábado, dia 27 de agosto, rolou o primeiro fórum de Economia Criativa. Foi pensado pelo REC (rede de economia criativa), eu fiquei impressionada, por saber que agora tem uma rede dessa aqui....fui lerda, eu sei, descobri isso no dia....mas olha, tão de pé desde janeiro desse ano só....então tenho as minhas desculpas.

Teve uma mesa redonda, com três figurinhas importantes dentro desse meio...Heloize Campos, W. Roberto Malta e o Adolfo Menezes Melito....poxa, foi uma coisa bem proveitosa. Passaram a entrevista com a Ana Carla, que eu coloquei algumas coisas nos posts de baixo, como abertura. Teve também a participação de uma mulher que tem um papel importante sobre Economia Criativa lá em Madrid....só que eu, pra variar, esqueci o nome dela (e de anotar).

Tiveram algumas coisas que me marcaram nesse Fórum....

1- Dois dias antes desse fórum acontecer aconteceu pela FECOMERCIO uma reunião com pessoas muito importantes (que estão na minha bibliografia do tcc) sobre, COMO TRANSFORMAR A INDUSTRIA BRASILEIRA EM INDUSTRIA CRIATIVA. Como já escrito anteriormente, o valor gerado pela Economia Criativa é MUITO alto. Finalmente querem mudar um pouco o sistema antiquado, todo mundo só tem a ganhar com essa nova visão de mercado, com esses novos objetivos. Fiquei realmente feliz. Nessa reunião com pessoas como, R. Florida e J. Howkins (cara, como eu queria tá ali dentro....) "Percebeu-se" que a economia criativa precisa de 4 fatores para ser desenvolvida aqui no Brasil:

- colaboração (real, grupos realmente se unindo, existem pessoas que fazem de tudo em todo lugar, mas cada grupo no seu canto, com pouco contato, é necessário juntar todo mundo numa rede só, aprendendo e evoluindo JUNTOS)

- multidisciplinaridade (dar valor para aqueles que sabem de tudo um pouco, que não se focam em algo só, e valorizar ligações pessoais para agregar conhecimento)

- crítica (saber receber e dar críticas construtivas, brasileiro tem problemas em dar feedback....)

- pensamento global (uma frase basta "pensar localmente, agir globalmente")

2- Existe o efeito dominó dentro da Economia Criativa, isso é, alguém cria alguma coisa, outro alguém cria algo pra interagir com essa coisa, ou então, pensa em algo de como usar isso. Exemplo: Alguém cria um tecido diferente, que faz alguma coisa que nenhum outro tecido já faz, ele fez o que sabia fazer, então, alguém vai pegar esse tecido e vai criar uma roupa com ele, ou uma coleção inteira...inovação gera inovação.... Só que vivemos num país extremamente criativo, mas que não gera inovações; para a criatividade gerar inovações é necessária educação...e isso o Brasil tem uma falha gigantesca. Consideram nossa educação como uma educação anti-criativa (pra variar um pouco, criatividade também gera raciocínio crítico. ligaram os pontos, certo?!). Tanto que, numa dessas reuniões, com todas as propostas bem interessantes e mostrando como o Brasil só tem a ganhar com a Industria Criativa, o Ministério da Educação não acatou nada, não aceitou as propostas, foi totalmente relutante.....Eu queria entender o por quê disso....Bom, mas o Ministério da Cultura colocou uma parte dentro dele um pedacinho do Ministério da Educação...com isso tentando uma melhor comunicação entre eles....(agora é torcer pra dar certo)

3- Assim como a Educação no Brasil é meio falha, o nosso país tem problemas com empreendedorismo, o qual não é valorizado, o Brasil é um país assistencialista, onde tudo é pensado para ajudar as pessoas de forma rápida, "tampando o sol com a peneira" (pra ser o mais direta possível), essa quantidade de bolsas isso bolsas aquilo não faz a pessoa querer empreender, só faz querer ficar parado. Que a assistência é importante, é, uma pessoa de estômago vazio e sem lugar pra morar não vai mesmo ter vontade de fazer nada, mas esse não devia ser o foco no Brasil. Por causa desse sistema, o país tem uma carência absurda de modelos, é necessária uma conscientização governamental e empresarial....mostrar que TODO mundo tem alguma coisa interessante para gerar, que não existem empresas inúteis. Só assim haverá um desenvolvimento cultural, social e econômico.

O Brasil está passando por uma crise econômica e cultural muito forte, mas não é só a gente, o mundo todo tá assim, okay okay, a Inglaterra, a China e a Austrália não tanto....mas a maior parte dele está totalmente perdida com essa nova geração, com essas novas formas de pensar, essas redes e essas ligações que todos têm, ou podem ter.....Só que o resto do mundo enxerga possibilidades no Brasil, eles querem investir, querem vir pra cá, vêem um potencial no nosso país que brasileiros não estão enxergando (e tá faltando possibilidades pra gente pelo escrito a cima entre outros....).

Logo que houve a abertura desse fórum, a Heloize Campos disse que não temos como achar respostas nenhuma sobre esse momento que o Brasil vive, que devemos pegar pesado é nas perguntas, pois são elas que geram tanta coisa nova.....Foi aí que eu levei mais um tapa na cara.....queria achar de mais as respostas, mas agora só estou atrás das perguntas...A minha maior pergunta agora é, como eu posso ajudar nessa nova fase?

Gente, desculpem o post com cara de desabafo. Mas foi um misto de tudo que eu vi, li, reli e ouvi desde o começo da minha busca pelo TCC juntando com todas as características tortas do Brasil.....


link da rede da economia criativa que foi responsável pelo Fórum (okay, eles precisam de um layout novo)
REC - Brasil




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